segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OS CAMINHOS DA PEDAGOGIA



Resumidamente pode-se classificar os modelos pedagógicos em três tipos, a saber:
pedagogia diretiva, pedagogia não diretiva e pedagogia relacional.
Subjacente a esses três modelos encontram-se três tipos de epistemologia que lhe dão sustento, respectivamente: empirismo, apriorismo e construtivismo.

Pedagogia diretiva fundamenta-se em uma pedagogia diretiva, o professor fala e o aluno escuta; o professor propõe a atividade e o aluno a executa; o professor ensina e o aluno pressupostamente aprende.

A epistemologia subjacente é denominada empirista por atribuir aos sentidos, e às experiências mediadas por eles, a fonte de todo o conhecimento. A concepção de aprendizagem nesse modelo baseia-se na apreensão de verdades e não
na sua construção. A associação entre percepções e ações, apresenta o aprendizado como resultado de um processo de estímulo - resposta, de
tentativa e erro. O reforço é tido como demasiadamente importante nesse processo de aprendizagem,
Na pedagogia não-diretiva e o professor é um auxiliar do aluno, um facilitador. O aluno é visto como independente no seu processo de aprendizagem e detentor de um conhecimento e/ou de habilidades a priori que determinam sua aprendizagem. O professor deve interferir o mínimo possível, o professor não ensina, o aluno é que aprende. A epistemologia que dá sustento a essa pedagogia é classificada como apriorista, concebe o indivíduo como dotado de um saber inato o que justifica a
ocorrência de alunos talentosos e de alunos fracassados.

Esse modelo é muito pouco freqüente em nosso meio, no entanto esse pré-conceito de alunos destinados ao fracasso e de alunos destinados ao sucesso está presente no senso comum.
A pedagogia relacional se fundamenta no estabelecimento da troca, o professor problematiza e o aluno age, estabelecendo-se em sala de aula um ambiente de discussão e construção de um novo conhecimento em que a interação aluno-professor é a base do processo de aprendizagem. A epistemologia subjacente é denominada construtivista por relacionar aprendizagem à construção de conhecimento, tarefa compartilhada entre professor e aluno. Ao professor cabe desestabilizar cognitivamente o aluno através da novidade. Ao aluno cabe, através de um processo endógeno complexo, passar de um patamar de conhecimento para outro, superior, através de assimilações e subseqüentes acomodações, num processo que finda temporariamente a cada acomodação, mas que frente a novos desafios se repete permitindo que o sujeito cognitivo atinja patamares cada vez mais elevados de conhecimento.

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