quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência


O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido,

 defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo"

 para poder transformá-lo

Paulo Freire. Foto: Mauricio Nahas
Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro,
 com atuação e reconhecimento internacionais. 
Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome,
 ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. 
Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno.
 Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade,
 levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação.
 O principal livro de Freire se intitula justamente
 Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos
 baseiam boa parte do conjunto de sua obra.

Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse
 desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o
 ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"),
 que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire,
 o professor age como quem deposita conhecimento 
num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, 
o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores.
 Trata-se, para Freire, de uma escola alienante, 
mas não menos ideologizada do que a que ele propunha
 para despertar a consciência dos oprimidos. 
"Sua tônica fundamentalmente reside em matar
 nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade",
 escreveu o educador. Ele dizia que, enquanto a
 escola conservadora procura acomodar os
 alunos ao mundo existente, a educação
 que defendia tinha a intenção de inquietá-los.



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